Constantes e variações - A Diplomacia Multilateral do Brasil

Examinando as origens e a teoria do multilateralimo, o livro indaga quais seriam os momentos que definem as atitudes que vão nortear o comportamento da diplomacia brasileira nas instituições multilaterais. Seriam o que o autor chama "momento fundadores", que se delineiam ainda no princípio do século XX, com a diplomacia de Rio Branco nas conferências internacionais americanas (a origem da OEA) e com Ruy Barbosa na Conferência da Paz na Haia. Cria-se, então, um padrão de comportamento que perdura no tempo, tornando-se referência necessária para quem estuda a história da política externa brasileira. Não são evidentemente padrões fechados e, talvez, a contribuição específica do livro seja a de analisar como evoluem as posições brasileiras, especialmente no campo da política e da segurança, nas Nações. O que é constante e o que varia ao longo de um período que começa em 1945 e vai até 2010 e as razões, internas e internacionais que explicam os movimentos . É um esboço, incompleto mas inédito, para uma história do Brasil nas Nações Unidas. Dado o peso do multilateral na agenda diplomática, certamente será útil para quem se interessa em conhecer como se caracteriza a presença do Brasil no mundo
 
Gelson Fonseca Jr é diplomata de carreira, mestre pela Universidade de Georgetown e doutor em Estudos Estratégicos Internacionais pela UFRGS. NO Ministério das Relações Exteriores exerceu diversos cargos importantes e foi presidente da FUNAG, que realiza as atividades acadêmicas do Ministério. Foi assessor da Presidência da República (1990-1992 e 1995-1999), Representante Permanente do Brasil nas ONU (1999-2003) e Embaixador no Chile. Como acadêmico lecionou no Instituto Rio Branco e publicou diversos estudos sobre relações internacionais